Interiores: maio 2011

Acessórios e roupas saem do guarda-roupa feminino para entrar direto no universo do design e da decoração: As luminárias inspiradas nas tendências da moda já estão espalhadas em muitos ambientes por aí...

Tem em formato de chapéu...

De zíper semi-aberto...

Tem aquelas inspiradas no balonê

A coluna Babette tem cúpula em tecido 100% algodão, modelada

em godê balonê, e armada com filó. Base tipo tripé em madeira natural. - da Dominici

No plissado...

O abajur Juliette tem cúpula em tecido 100% algodão, modelada

em godê pregueado, armado com arame. Base em alumínio pintado, brilhante - da Dominici

Nas rendas...

Pendente Kerkira com estrutura de alumínio e cúpula de tecido recortado a laser cinza

Cúpula interna de algodão estampado Off White e Cinza Washed - da Bertolucci

Looks - Cassia Mallmann

E tem aquelas que nos lembram os vestidos de noivas...

Pendente Fractus .PE de alumínio Off White

Cúpula de algodão Off White revestida com tela e cetim Off White. - da Bertolucci

Vestido Atelier Karla Vivian.

Nesses objetos decorativos pudemos perceber a busca pela libertação das convenções, e como outras tendências servem de referência para o design. Ao invés de roupas, luminárias! Porque afinal de contas, elas têm um papel super importante na decoração de interiores, e merecem estar NA MODA!

Enjoy!

Recentemente, fiz um estudo de caso (incluindo semântica) da Loja Prada NY e confesso que me apaixonei...

Apesar de ter sido inaugurada em 2001, não acho tarde para comentar sobre o projeto dela aqui, porque acredito ser uma referência muito forte para nós que atuamos nesse ramo,

pois a loja foi projetada para enriquecer a experiência de compras por meio da tecnologia interativa e do exclusivo design.

O arquiteto holandês Rem Koolhaas, procurou unir a moda e a tecnologia, descobrindo as maiores necessidades dos clientes e funcionários, fazendo do ato de comprar algo diferente, prático e super moderno.

A loja possui duas entradas (para duas avenidas) e as fachadas são uma continuação

da arquitetura da respectiva avenida.

•O véu de Popéa aparece metaforicamente no revestimento do teto. A fina malha metálica que evita a visualização total do teto existente, possui iluminação interna.

•Os cartões dos clientes PRADA armazenam as preferências pessoais no banco de dados da empresa.

•Cada item da PRADA possui uma etiqueta de identificação de radiofreqüência. Tais etiquetas possibilitam aos vendedores acesso imediato a um rico fluxo de dados, quando escaneados por dispositivos manuais sem fio. O conteúdo inclui informações atualizadas até o último minuto sobre qualquer item, como tamanhos e cores disponíveis.

•Em telas espalhadas pela loja, as clientes podem ver como e onde utilizar os looks PRADA, montar diversas combinações de acordo com uma peça escolhida e ver as outras cores disponíveis de cada produto.

•Cada provador é uma cabine com paredes de vidro, que mudam de transparentes para opacas à entrada da compradora. Caso ela queira que alguém do lado de fora veja como ficou a roupa, basta acionar um interruptor, para transformar as paredes de novo transparentes. As cabines permitem que os clientes provem as roupas sob diferentes tipos de iluminação, simulando as diferentes possibilidades de ambientes.

•Um “espelho mágico”, baseado em recursos de vídeo, permite que a pessoa observe-se de todos os ângulos.

•O fundo infinito de studio fotográfico valoriza o que estiver sendo fotografado, no caso, as clientes. Mas o espaço também serve para exposição de manequins, apresentações de bandas e algumas outras atrações.

Passarela

Transformar a área de circulação em passarela remete logo à um desfile de moda, onde a cliente se sentirá poderosa, por dentro das tendências da moda, como o centro das atenções.

Gaiolas

As gaiolas expositoras que se movem pelos trilhos em um ponto alto da loja, são como redomas, cofres que guardam os mais belos tesouros PRADA, algo que todos podem ver, mas nem todos podem ter – inalcançável.

Esse modo de exposição desperta o desejo, instiga a mulher a comprar.

Além disso, “quebra” os padrões da arquitetura, transformando-a em algo móvel, sem parâmetros estáticos.

Provadores

Os provadores são sinônimos de inovação, mas que podem trazer à tona a questão da nudez e despertar vergonha, já que os clientes podem recuar ao ver que as cabines são de vidro.

Sensação de surpresa, espanto, repulsa...

A questão da praticidade ao pressionar um botão e mostrar um look sem sair do provador.

Telas/ Câmeras

Em telas que mostram os looks PRADA em várias situações, onde é possovel combinar as peças; e em uma tecnologia que filma e depois exibe a cliente em vários ângulos, só pode ser algo muito instigante, que impulsiona e desperta várias sensações, e acima de tudo, o desejo de desfilar por aí com os produtos da loja.

E, de novo, a questão de “quebrar” o estático, para isso, colocou os espelhos todos digitais, e o tal sistema de câmeras.

Paredes

De um lado, a customização. De acordo com a estação do ano, ou o assunto que a loja quer abordar, é possível mudar o painel que abrange toda a parede e transmitir a sensação de algo novo, sempre.

Do outro lado, a parede de policarbonato iluminado por trás, simula uma tela digital, onde as imagens disformes precisam ser subjetivamente concluídas pelo cérebro.

Sem esquecer que, assim que você entra na loja, está no pavimento superior, e no inferior ficam os provadores e mais expositores de roupas, e você pode descer pelas escadas na lateral da passarela ou pelo elevador.